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As Janelas, e as portas, claro são parte integrante das moradias desde os primórdios da civilização. Desde o tempo que o homem pré-histórico habitava as cavernas o conceito de janela já estava presente, isso porque para a proteção de sua vida, de forma primitiva, deveriam estes criar barreiras de acesso tanto aos predadores quanto as intempéries climáticas. Mal sabiam que esses obstáculos removíveis eram a primeira ideia de esquadrias (portas e janelas) que se tem notícia na história da humanidade.

Com o passar do tempo o homem começou a construir suas primeiras edificações com fim de moradia, onde utilizava materiais de coletava na natureza, como madeira, couro de animais, folhagens e outros que estavam disponíveis. As janelas já estavam presentes nessas habitações rudimentares, pois conferiam a ela iluminação, ventilação e conforto.

Após esse período já é datado, então em 4000aC que em Persa, onde atualmente é o Irã, já existiam construções que utilizavam aberturas com fechamentos semelhantes ao que entendemos como janelas hoje. Também foram descritas estruturas nos palácios de Minos, na Ilha de Creta, no Mar Mediterrâneo, sendo as casas gregas com sues átrios combinados às janelas uma característica artística ornamental local que é reconhecida até hoje. Então os romanos, já em meados de 100dC começaram a introduzir vidro às janelas, prática que se perdeu com a queda do Império Romano. Na Idade Média, já começam a aparecer dois tipos de janelas muito relevantes à história, primeiro as pequenas com vidros ou apenas madeira, utilizadas em grande escala nas casas dos artesãos e demais comerciantes (fato que remete a utilização do termo vitrine show window, ou simplesmente window, pois o comércio ocorria pelas janelas) e as grandes janelas da corte seja nas igrejas e castelos, estes com variada gama de modelos, seja para conforto, iluminação e até proteção.

Com o renascentismo, e o estudo e domínio de técnicas elaboradas de construção e execução começam a aparecer formas mais decorativas, foi o advindo do barroco, com janelas redondas, elípticas e formas das mais diversas. Já no classicismo surge a janela chamada caixão, uma parente da nossa atual veneziana, que oferecia muitas vantagens de isolamento térmico e acústico, porém seu funcionamento era complexo e devido a ação do meio ambiente sua durabilidade era baixa, tendo que ser substituída com frequência.

Já no século XIX foi introduzido o uso de metais em janelas e se tem o retorno de formas tradicionais, o ferro foi um grande marco neste período, e ainda pode ser observado em construções que datam deste período. Então na passagem para o século XX, o Modernismo retoma a variedade de configurações, e vidros coloridos, seria o momento mais é mais, porém sem a utilização de elementos florais típicos do Romantismo. No caminhar dos anos surge então o Tradicionalismo que busca utilizar materiais antigos e técnicas artesanais, com o objetivo de reinventar a Arquitetura. Podemos dizer que foram muitas idas e vindas até que na década de 1950, fortemente influenciada pela arquitetura escandinava e suíça, que utilizava apenas um vidro, transparente se deu início a construção de janelas em tipologias que perdura até hoje. Foi exatamente neste período que as ligas de alumínio começaram a ser utilizadas, pois a fabricação de janelas começa a se tornar um negócio vinculado a construção profissional.

Na década seguinte, 1960, começam a aparecer as primeiras janelas que utilizavam PVC como estrutura, nos arredores da cidade de Düsseldorf na Alemanha. Seus custos eram significativamente mais elevados, porém a fácil instalação, manuseio e a resistência às intempéries, fez com que o material começasse a ganhar mercado no mundo pós-guerra. Então na Europa se via cada vez menos a utilização de madeira nas janelas enquanto que no Brasil, muito devido à abundância deste produto, e a industrialização lenta ocorre uma vasta popularização do material, que como percebido tempos atrás na Europa, possui uma durabilidade curta exigindo longas e custosas manutenções.

As primeiras janelas de PVC começaram a aparecer no Brasil na década de 1980, inclusive com fabricação própria nacional, porém foi no início do século XXI que o mercado começou a tomar corpo. E isso se deve a alguns fatores que podemos considerar importantes, primeiro houve no país um período de fortalecimento da construção civil e todos os níveis, desde as construções populares até as mais sofisticadas, aliado a isso a facilitação de turismo internacional fez com que mais pessoas conhecessem as técnicas construtivas, principalmente europeias, onde as janelas de PVC são extremamente presentes, e ainda em tempo, a busca por mais qualidade e performance através da elaboração de normas técnicas na área de construção civil fez com que os olhos do brasileiro começassem a se voltar para a janela como um elemento de importância para o conforto ambiente do imóvel.

Sabemos que o mercado de Janelas de PVC no Brasil ainda é pequeno, não chega aos dois dígitos de porcentagem, porém com sua popularização e acesso em todas as regiões do país ele tem tudo para atingir marcas semelhantes as encontradas em países como Chile e México que já viveram esta fase de adaptação e conhecimento e hoje tem a janelas de PVC como um componente tradicional em seus projetos arquitetônicos construtivos.

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